Nesta comunicação, demonstramos os resultados prejudiciais da tecnocracia na educação, representada por “pacotes tecnológicos” que invadem o cotidiano das unidades escolares, sem a consulta prévia àqueles que representam o motivo maior da educação: a comunidade escolar em sua totalidade. Para tanto, elencamos alguns paradoxos entre tecnocultura, educação e o mito do desempenho, baseado em indicadores de qualidade. Demonstramos como a preocupação com os números comparativos, obtidos no desempenho discente em avaliações, que ranqueiam as escolas, em uma cultura meritocrática, cuja leitura despreza aspectos bem mais importantes para uma educação humanística, representa um contra-senso na reversão do caos em que repousa  a escolarização básica no Brasil. Desenvolvemos os conceitos de precarização docente,  resultado de gestões centralizadoras, que deflagram diversos conflitos na comunidade escolar, assim como as respectivas estratégias de resistência na prática cotidiana docente, junto às ressignificações construídas no diálogo entre os profissionais do ensino. Exemplificamos nossa análise, através dos elementos discursivos coletados em fóruns virtuais, de comunidades de professores na Internet, posto que compreendemos tais espaços outro meio para a formação dos professores, além dos cursos de licenciatura e demais espaços acadêmicos, na construção de uma prática crítico-reflexiva, para o uso das tecnologias e informação e comunicação. Apresentamos alguns resultados parciais das observações do Grupo de Pesquisas de Formação e Identidade Docente (GPIdentiDoc), da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRuralRJ), durante o biênio 2009/ 2010, a partir do cotidiano em um colégio da Secretaria de Estado de Educação - RJ, e da  participação docente em redes sociais.